Niterói - Fortaleza de Santa Cruz

Continuando o passeio pelas atrações da Zona Sul de Niterói, finalmente chegamos a sua última parte: a Fortaleza de Santa Cruz!

Fortaleza de Santa Cruz


Deixando o Forte do Rio Branco, seguimos em direção à praia de Jurujuba com seus 300 metros de extensão e que abriga uma colônia de pescadores. Jurujuba também sedia a Festa de São Pedro dos Pescadores, realizada anualmente no dia 29 de junho e, em sua orla há vários restaurantes típicos de frutos do mar.

Ao final da praia de Jurujuba, vira-se à esquerda e começa a parte mais sinuosa da viagem: uma estrada em pista simples, cujo tráfego é controlado por um sinal luminoso. Só siga em frente caso o sinal esteja verde e aprecie o visual a sua direita!

Estrada para a Fortaleza de Santa Cruz - vista da Baía de Guanabara

Estrada para a Fortaleza de Santa Cruz - vista da Baía de Guanabara

Estrada para a Fortaleza de Santa Cruz - vista do Corcovado e do Forte da Laje

Estrada para a Fortaleza de Santa Cruz - vista da Baía de Guanabara

Estrada para a Fortaleza de Santa Cruz - vista da ponte Rio-Niterói

Estrada para a Fortaleza de Santa Cruz - vista do Pão de Açúcar e da Fortaleza

Após uns 5 minutos chega-se a uma guarita onde os militares pegarão os seus dados para, em seguida, autorizarem a sua entrada até a praça onde estão localizados um estacionamento e um restaurante. Lá existe uma cabine onde os ingressos para a visita à fortaleza podem ser adquiridos.

Fortaleza de Santa Cruz - Guarita de entrada
Foto:
http://www.marlegal.com.br/Fotos.php

Praça do estacionamento - vista da entrada da Fortaleza de Santa Cruz

Praça do estacionamento - vista da entrada da Fortaleza de Santa Cruz

Praça do estacionamento - Placa com informações

Praça do estacionamento - vista da Fortaleza de Santa Cruz

Praça do estacionamento - vista do Pão de Açúcar e do Corcovado

Praça do estacionamento - vista do Corcovado

Praça do estacionamento - vista da Baía

Praça do estacionamento - vista do Pão de Açúcar

Praça do estacionamento - canhão

Praça do estacionamento - vista do Pão de Açúcar

Praça do estacionamento - vista panorâmica

A seguir reproduzimos um breve histórico da Fortaleza de Santa Cruz, retirado do site http://www.niteroiturismo.com.br/port/aondeir_fort_stcruz.htm:

“Em 1555, o Almirante francês Nicolau Durand de Villegaigon montou duas bocas de fogo no pequeno promontório localizado à direita de quem entra na barra do Rio, controlando o canal, e alcançando com fogo os Fortes de Copacabana, Laje, São João e Imbuí. Estava instalada a fortificação que seria dominada em 1567 pelo Governador-Geral Mem de Sá e elevada, no mesmo ano, à categoria de Bateria, por Salvador de Sá, que lhe deu o nome de Bateria de Nossa Senhora da Guia. Em 1599 impede-se, da fortificação, a entrada na baía de Guanabara da esquadra do corsário holandês Oliver Van Noorth. 

Já em 1612, contando então com vinte bocas de fogo, passa a ser chamada de Fortaleza de Santa Cruz da Barra, tendo seu regimento aprovado em 24 de Janeiro de 1613 por D. Álvaro Silveira e Albuquerque Governador da cidade, que foi o responsável pela ordem de construção de cinco celas na rocha, com dois metros de altura e sessenta centímetros de largura, destinadas a presos políticos. Durante todo o século XVIII e até o início do século XIX a Fortaleza é mantida em completo e permanente estado de guerra.

Em Dezembro de 1831 passa a funcionar como presídio político, contando com câmara de tortura e praça de enforcamento. Esta situação perdura até 1911 e a Fortaleza volta a ser presídio do Exército em 1968.

No século XIX, década de 60, as instalações são ampliadas: constroem-se duas ordens de casamatas (vinte no 1º andar e vinte e uma no 2º) e uma bateria com canhões de maiores calibres, erguem-se as muralhas, é concluída a reconstrução do paiol de pólvora e, ao lado do paiol grande, é construído um salão com mais de 200 m², com teto de pedras de granito abobadadas, talhadas a mão e ligadas com óleo de baleia, cal e mariscos triturados. Em 1882, a Fortaleza é dotada de enfermaria, farmácia e iluminação a gás carbônico.

Nessa ocasião, a Fortaleza sedia o quartel do 1º Batalhão de Artilharia a Pé, criado em 18 de Novembro de 1879. A 1º de Agosto de 1917 é criado o 1º Grupo de Artilharia de Costa. A 5 de Julho de 1922 a Artilharia bombardeia o Forte de Copacabana e a 4 de Novembro de 1924 responde a bombardeio do encouraçado São Paulo que, entretanto, consegue transpor a barra. O último disparo produzido pelas tropas da Fortaleza de Santa Cruz foi um tiro de advertência, em 1955, contra o cruzador Tamandaré”. 

Fortaleza de Santa Cruz - vista do MAC

Fortaleza de Santa Cruz - vista do Pão de Açúcar e do Corcovado

Fortaleza de Santa Cruz - vista da Ponte Rio-Niterói

Ingresso na mão, espera-se formar um pequeno grupo no portão principal da fortaleza para que o guia inicie o passeio.

Entrando na fortaleza vemos a Capela de Santa Bárbara. Existe uma história que diz que sempre que se tentava remover a imagem de Santa Bárbara, o mar ficava revolto impedindo sua remoção.

A Capela foi concluída em 1612 e é uma das mais antigas do Rio de Janeiro. Foi reconstruída em 1912, pelo comandante coronel Inocêncio Ferreira de Oliveira, responsável ainda pela introdução da iluminação elétrica nas dependências da fortaleza.

Capela de Santa Bárbara

Capela de Santa Bárbara

Capela de Santa Bárbara

Capela de Santa Bárbara - vista da Baía

No pátio do Forte há uma entrada para as masmorras, bem medievais. Por conta delas que o Forte foi utilizado como presídio em várias etapas da história do Brasil, sendo desativado em 1976.

Estiveram detidas na fortaleza figuras ilustres como André Artigas, comandante na Guerra contra Artigas (1820), José Bonifácio de Andrade e Silva, Patriarca da Independência (1823), os líderes farroupilhas Onofre Pires e José de Almeida Corte Real (1836, que de lá se evadiram em 1837), Bento Gonçalves (1837), o líder da Revolução Praieira, Pedro Ivo Veloso da Silveira, o primeiro presidente uruguaio Fructuoso Rivera (1851), Euclides da Cunha, o Capitão Juarez Távora, Alcides Teixeira e Estillac Leal (que dela escaparam com o auxílio de uma corda, em 28 de Fevereiro de 1930), o integralista Plínio Salgado, o comunista Luís Carlos Prestes e o general Lott, além de Juscelino Kubitschek e Darcy Ribeiro.

A vida na masmorra da fortaleza de Santa Cruz da Barra não era fácil. “Celas subterrâneas, abaixo do nível do mar, úmidas e frias, submetidas ao permanente rigor do vento que soprava forte na entrada da baía de Guanabara e assobiava encanado como um bloco de entrudo pelos corredores internos, num constante convite a infecções pulmonares. Ratos infestavam todos os cantos, o que multiplicava o contágio dos presos pelo cólera-morbo”, descreve o jornalista Carlos Marchi em Fera de Macabu, que conta a história do fazendeiro Motta Coqueiro, uma das últimas pessoas a morrer na forca no Brasil, e que esperou julgamento na terrível prisão, em 1855. (fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/forte-santa-cruz-alcatraz-tropical-436038.shtml). 

Fortaleza de Santa Cruz

Fortaleza de Santa Cruz

Fortaleza de Santa Cruz

Fortaleza de Santa Cruz - vista do Corcovado

Fortaleza de Santa Cruz - vista do Corcovado

Fortaleza de Santa Cruz - masmorras

Fortaleza de Santa Cruz - crianças brincando nas masmorras


A Fortaleza de Santa Cruz, não por acaso, é considerada uma das 7 maravilhas de Niterói.  Esse complexo majestoso, cercado de lendas, onde é possível admirar o encontro da cultura com a natureza é, sem dúvida, uma maravilha arquitetônica que não pode deixar de ser visitada. Adoramos o passeio e recomendamos!

Fortaleza de Santa Cruz - pátio externo

Fortaleza de Santa Cruz - pátio externo

Fortaleza de Santa Cruz - pátio externo

Fortaleza de Santa Cruz - pátio externo

Fortaleza de Santa Cruz - pátio externo

Fortaleza de Santa Cruz

Fortaleza de Santa Cruz - vista panorâmica

Serviço:

Local: Estrada Eurico Gaspar Dutra, s/nº - Jurujuba
Funcionamento: De terça à Domingos e Feriados das 9h às 17h. 

Ingresso:
Adultos: R$ 6,00
Estudantes (com carteira): R$ 3,00
Isentos: Militares do Exército Brasileiro e seus dependentes, menores de 6 anos e maiores de 65 anos.


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