Setembro na Polinésia Francesa e Ilhas Cook


Uma viagem para a belíssima Polinésia Francesa, com seu mar azul turquesa, estava nos nossos planos fazia tempo. Quanto mais nos aprofundávamos nas pesquisas sobre nosso destino, mais encantados ficávamos! É um destino caro, é verdade! Por isso, quando decidimos viajar para a Polinésia Francesa para comemorar nossos 50 anos de idade, começamos a estudar e pesquisar cuidadosamente a melhor relação custo-benefício e começamos a poupar especificamente para essa viagem. E foi durante essa pesquisa que chegamos no extinto blog MauOscar, hoje  Fotos e Destinos, onde conhecemos o cruzeiro feito pelo navio Paul Gauguin. Começamos a considerar a possibilidade, isto é, a fazer contas e comparativos. Levando em consideração o destino (caro), a locomoção entre as ilhas (de barco ou avião), hospedagens em cada ilha visitada e alimentação, vimos que a possibilidade de um cruzeiro com tudo incluído teria um bom custo benefício. Acabamos fechando o nosso pacote com a The Blue Sea Cruises, empresa do Rio de Janeiro especializada em cruzeiros.

Resolvemos chegar à Polinésia Francesa vindo de Los Angeles para irmos nos acostumando com o fuso horário e aproveitar a oportunidade para fazer umas comprinhas. Logo na chegada, em Papeete, já no aeroporto, pudemos sentir a simpatia daquele povo: fomos recebidos com a melodiosa música local e com lindos colares de flores.

Durante nossa viagem, percebemos que a Polinésia Francesa e as Ilhas Cook são muito mais do que os vários tons de azul de suas águas: são países cujo povo, de costumes simples e sorriso no rosto, herdou dos seus ancestrais Ma’ohi uma expressiva e rica história. Uma viagem como essa vai muito além de se hospedar em um dos famosos, românticos – e caríssimos – bangalôs sobre a água. É uma experiência inesquecível, principalmente quando você tem a oportunidade de interagir com alguns de seus habitantes e aprender, por exemplo, que as tatuagens que carregam por sobre sua pele é muito mais que modismo: os símbolos têm um significado e cada um tem uma história. Para quem procura uma experiência fascinante com belezas naturais, esportes náuticos, mergulho, misturada com a vivência de uma cultura preciosa, com danças, músicas e ritmos sensuais e vibrantes, esse é um dos destinos mais indicados. Mergulhar com arraias, nadar com tubarões, fazer snorkel próximo aos corais, sempre com a preocupação da preservação da biodiversidade marinha, fez dessa viagem uma das mais memoráveis que fizemos. Essa região é tudo isso e muito mais: visitar a fazendas de pérolas negras, um dos principais símbolos do local, conhecer um Marae – templos sagrados a céu aberto -, receber colares de flores – leis – na sua chegada ao país e de conchas na sua despedida, tudo isso faz desse lugar um destino incrível e inesquecível.



Em resumo, a nossa viagem ficou assim:

Manhattan Beach – Los Angeles

Aeroporto Los Angeles

Aeroporto Faa’a – Tahiti

Intercontinental Tahiti Resort & Spa

MS Paul Gauguin

O pacote do cruzeiro incluía - além de 11 noites a bordo do MS Paul Gauguin pela Polinésia Francesa e Ilhas Cook - os voos de ida e volta de Los Angeles a Papeete. Incluímos, ainda, nesse pacote, uma noite de hotel no Tahiti, tanto na ida quanto na volta do cruzeiro, além de um serviço de lavanderia durante a nossa estadia no navio.

Paradas do cruzeiro: Aitutaki e Rarotonga (Ilhas Cook); Huahine, Bora Bora, Taha’a, Moorea e Tahiti (Polinésia Francesa).

Tahiti 

Huahine

Aitutaki

Rarotonga

Bora Bora

Taha’a

Moorea

ONDE FICA

A Polinésia Francesa está localizada no meio do Pacífico Sul, entre a Ilha de Páscoa e a Nova Zelândia, e cobre cerca de 5,5 milhões de metros quadrados no oceano. O país possui 5 arquipélagos.

Society Islands, que é o maior deles, composto por 9 ilhas e 5 atóis, que são divididos em dois grupos: The Winward Islands, composta por Tahiti, Moorea, Maiao, Tetiaroa e Mehetia e as Leeward Islands com Huahine, Raiatea, Taha’a, Bora Bora, Maiputi, incluindo as inabitadas Tupai, Mopelia, Scilly e Bellingshausen.

Tuamotu, Gambier, Austrais e Marquesas, são os outros arquipélagos, com diversas outras ilhas habitadas e inabitadas. São 118 ilhas e atóis com cenários deslumbrantes.

Muitos chamam a Polinésia Francesa de Tahiti. Mas o Tahiti é apenas uma das ilhas (a maior delas) do arquipélago Society Islands. A capital da Polinésia Francesa é Papeete (pronuncia-se Papê-êtê) e fica na ilha do Tahiti. É um país que tem uma certa autonomia, mas também faz parte da França. O aeroporto fica em Faa’a, também na ilha do Tahiti.

Já as Ilhas Cook, com cerca de 13.000 habitantes, ocupam uma região de 240 km² no sul do Oceano Pacífico no meio do caminho entre a Nova Zelândia e o Hawaii e são compostas por 15 pequenas ilhas, sendo Rarotonga a capital, que está bem preparada para receber voos de vários países. Desde 1965 as Ilhas Cook têm seu próprio governo em livre associação com a Nova Zelândia.

COMO CHEGAR

Existem 2 trajetos que levam à Polinésia Francesa a partir do Brasil. Via Chile (com escala na Ilha de Páscoa) ou via Estados Unidos (Los Angeles). Rio x L.A. = 10 horas e 30 minutos de voo. O voo de Los Angeles até o Tahiti leva cerca de 8 horas (pela Air Tahiti Nui). Um casal de brasileiros que conhecemos durante o cruzeiro, viajou até à Nova Zelândia, e de lá para o Tahiti. É uma possibilidade, para quem quiser conhecer primeiro aquele país da Oceania antes de ir à Polinésia Francesa.

HOSPEDAGEM

A única dica que podemos dar sobre hospedagem é no Tahiti, pois o restante de nossa viagem foi todo a bordo do MS Paul Gauguin. Como já dissemos, ficamos no Intercontinental Tahiti Resort & Spa que reservamos junto com o pacote do cruzeiro. Mas toda a Polinésia é cheia de hotéis – grandes e pequenos – bed and breakfast, quartos em casa de família e outros tipos de acomodação, com os mais variados valores. Muito procurados são os bangalôs sobre a água. Se esse for seu sonho de consumo, prepare-se para desembolsar alguns milhares de dólares nesse tipo de hospedagem.

A distância do aeroporto até o Intercontinental Tahiti Resort & Spa é muito pequena. Também está incluído no pacote o almoço do dia da viagem, feito no hotel, antes do embarque no cruzeiro, assim como o café da manhã e os transfers (de ida e de volta) do aeroporto até o hotel e do hotel até o porto de Papeete.

O hotel tem duas lindas piscinas, dois restaurantes (Te Tiare Restaurant e Le Lotus Restaurant), três bares (Lobby Bar Terrace, Lotus Swim-Up Bar e o Tiki Bar), lojas e muito mais.






O almoço, no estilo buffet, é servido no Te Tiare é e estava excelente! Muita salada, carnes e sobremesa. O sistema de estadia conjugada com o cruzeiro é muito interessante!

O café da manhã é servido no mesmo local e é bastante farto.



Jantamos uma noite no Le Lotus que atende somente com reserva e fica bem próximo ao mar. Apesar de bacana, não achamos a comida maravilhosa.


Já no Lobby Bar Terrace, vale a pena comer algo por lá na noite da chegada do aeroporto, pois o voo chega muito tarde e os restaurantes do hotel já estão fechados.



O Tiki Bar é excelente na hora do happy hour, bem como à noite onde ocorrem apresentações de dança tahitiana.


CLIMA

A temperatura na Polinésia varia entre 20ºC e 30ºC durante o ano. A época mais chuvosa vai de novembro a abril.

As Ilhas Cook têm um clima tropical com temperaturas que variam de 18ºC a 28ºC nos meses de maio a outubro. No verão a temperatura varia entre 21ºC e 31ºC.

MOEDA

A moeda da Polinésia Francesa é o Franco da Compagnie Française du Pacifique (xpf).

Nas Ilhas Cook a moeda é o dólar Neozelandês, mas a moeda das Cook Islands (cook island dollars) circula pelas ilhas, mas é praticamente um souvenir.

VOLTAGEM E TOMADAS

220 volts, com tomadas de dois furos redondos paralelos (tipos C e E). Os aparelhos brasileiros com a antiga configuração de dois pinos redondos paralelos (tipo C) não precisam de adaptador, mas os novos – com três pinos redondos, sendo dois paralelos e o do meio ligeiramente abaixo (tipo N) – precisam.  

FUSO HORÁRIO

O fuso horário é de -7h em relação ao Brasil. Por exemplo: quando aqui no Brasil são 21h, na Polinésia Francesa ainda são 14h.

IDIOMA

Na Polinésia Francesa a língua oficial é o francês, mas o Maori é bem falado nas Ilhas Sociedade. Nos outros 4 arquipélagos, há variações de idioma.

Já nas Ilhas Cook o inglês é o idioma oficial, mas o povo tem seu próprio idioma Maori e várias ilhas têm o seu dialeto.

VISTO

Em geral, os brasileiros não precisam de visto para entrar na Polinésia Francesa nem nas Ilhas Cook.

Porém, se sua estadia for superior a 3 meses na Polinésia ou a 1 mês nas Ilhas Cook, o visto será necessário.

VACINAS

Apesar de não terem solicitado nossa carteira internacional de vacinação ao chegarmos na Polinésia, o país está na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo um dos que exigem a vacina. Então, esteja precavido. Nós tomamos, também, por precaução, a vacina contra hepatite.

O QUE LEVAR

Por ser um destino de praia, com muitas atividades aquáticas, as mulheres devem levar na mala tudo que levariam para um destino de praia aqui no Brasil: biquinis e maiôs, saídas de praia, shortes, camisetas, vestidos leves, tênis, sandálias rasteirinhas e chinelos. Para os homens, caso se sintam à vontade, levem sunga, (lembrando que fora do Brasil, os homens usam mais shorte de praia do que sunga), camisetas, T-shirts, tênis e chinelo. Não esqueçam o filtro solar, chapéu/boné/viseira, óculos de sol e protetor labial.

Agora, para as noites no navio recomendamos um “dress code” mais arrumado. O próprio navio sugere o que se chama de “country club”. Para os homens, uma calça social e uma camisa de manga comprida resolvem. Para as mulheres, saias e blusas, vestidos (longos ou não), saltos altos e bolsas pequenas.

NÃO VOLTE SEM
  • Experimentar a famosa cerveja Polinésia, a Hinano;
  • Uma canga (pareô) pintada à mão (se quiser trazer algo fabricado lá mesmo, dê preferência aos artesãos locais. Muitas peças têm etiqueta de fabricação em outros países);
  • Uma das melhores baunilhas do mundo para incrementar suas receitas;
  • O Monoï oil– óleo perfumado famoso na região muito usado em massagens e também para hidratar corpo e cabelos. O original é feito apenas com pétalas de tiaré (a gardênia do Tahiti, flor símbolo do país) infundidas no óleo de coco. Mas você encontra de várias outras fragrâncias;
  • E, caso orçamento permita, uma linda joia com as famosas pérolas negras, conhecidas por sua diversidade de tamanho, formato e variações de cores.





RECOMENDAÇÕES
  • Caso opte por fazer o voo a partir de Los Angeles, lembre-se de ter um visto americano válido.
  • Coma algo antes de ir para o aeroporto de Los Angeles, pois o terminal internacional, apesar de gigante, tem uma praça de alimentação bem pequena.
  • Calcule bem o que vai levar para a Polinésia, pois a Air Tahiti Nui só permite 1 mala de 23kg.
  • Por incrível que possa parecer, as lembranças compradas na boutique do navio são mais baratas que nas ilhas, principalmente em Bora Bora.
  • Leve um par de sapatos para coral (reef shoes) pois existem muitos ouriços naquela região;
  • O city tour pós cruzeiro oferecido pela Paul Gauguin é completamente dispensável.
VOCABULÁRIO

Que tal chegar na Polinésia já sabendo algumas palavrinhas no idioma local?
  • Maeva – bem-vindo;
  • Ia Orana – bom dia;
  • Mauruuru – obrigado;
  • Motu – ilhotas ao redor das ilhas maiores;
  • Lagoon – piscina natural formada pela água do mar represada pela barreira de corais, onde a água é mais turquesa;
  • Tiaré – flor símbolo da Polinésia (gardênias do Tahiti);
  • Tikis – esculturas em madeiras que representam Ti’i, o ancestral do homem, metade deus, metade humano de acordo com as lendas;
  • Maraes – locais sagrados de cerimônia, dedicados aos antigos deuses polinésios;
  • Ukulele – tradicional instrumento de cordas da Polinésia;
  • Pandanus – árvore tropical típica da região da Oceania e Polinésia. Suas longas e finas folhas são usadas para fazer bijuterias, bolsas, braceletes, ornamentos para o cabelo...;
  • Poisson au lait coco ou poisson cru – prato típico da região feito com cubos de peixe cru (atum), marinado no limão, sal, legumes ralados e o leite de coco extraído na hora;
  • Hinano – é a cerveja local;
  • Leis – colar de flores;
  • Heis – coroa de flores.
No próximo post comentaremos em detalhes como é o MS Paul Gauguin, o navio que, por 11 noites, foi o nosso hotel, durante essa viagem pela Polinésia Francesa e Ilhas Cook. Até lá!


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