Polinésia Francesa - M/S Paul Gauguin


Neste post falaremos do M/S Paul Gauguin, navio que foi a nossa base para conhecer as incríveis ilhas da Polinésia Francesa e Ilhas Cook.

O M/S Paul Gauguin é um navio pequeno – comporta 332 passageiros – e foi construído especialmente para navegar nas águas rasas do Pacífico Sul. O Paul Gauguin é o único navio de cruzeiro comercial na Polinésia que consegue atravessar a Teavanui Pass, a estreita passagem para entrar no lagoon de Bora Bora e autorizado a atracar na Povate Bay, onde navios maiores não conseguem entrar. Tem 217 tripulantes de várias nacionalidades, o que dá uma fração de 1:1,5 funcionário por passageiro. Importante falar que a Paul Gauguin Cruises vem colecionando premiações ao longo dos anos como expert em cruzeiros de luxo.





Após efetuarmos a reserva pudemos acompanhar o status da viagem, bem como reservar os passeios durante as paradas nas ilhas, no espaço do site da companhia denominado “Manage your trip”.

Como comentamos no post anterior, uma noite antes do cruzeiro ficamos hospedados no hotel Intercontinental Tahiti Resort & Spa. Recomendamos essa chegada antecipada porque, caso haja atraso no voo, ainda há tempo hábil para tentar resolver o problema e não perder a saída do cruzeiro. 

No dia do embarque a empresa nos levou até o porto de Papeete, de onde partiria o navio. O trajeto foi rápido até o porto. Ao descermos do ônibus logo se formou uma fila não muito organizada para subirmos a bordo. O embarque tem início às 15h. Depois de uma rápida checagem nos passaportes, estamos autorizados a embarcar. Já a bordo, fomos diretamente para o Le Grand Salon, no deck 5, onde fomos recebidos com uma taça de espumante e aguardamos para fazer nosso check in. 

Recebemos nossa chave/cartão, que além de nos identificar como passageiros, é a chave da nossa cabine. Logo depois uma gentil camareira nos acompanhou até nossa cabine. Chegando lá ela nos informou que a pessoa que ficaria responsável pela arrumação de nossa cabine iria entrar em contato com a gente. Nossas malas já estavam na cabine e na mesinha de centro tinha uma bela cesta com frutas. Na tela da televisão tinha uma mensagem de boas-vindas para nós. A TV é interativa, e podemos fazer pedidos de room service, checar os passeios do dia, entre várias outras coisas. Mais tarde conhecemos nossa camareira, a Marivic, das Filipinas. Muito atenciosa e simpática, sempre conversávamos sobre família e vida a bordo.



Todas as acomodações do navio têm vista para o mar e cerca de 70% delas têm sacada.

Ficamos em uma cabine da categoria C, a 705, localizada no deck 7 e com uma sacada. A cama é queen size e o frigobar é guarnecido diariamente com refrigerantes, água mineral e cerveja, tudo incluído no valor pago. Tem cofre, tv interativa e aparelho de DVD. O banheiro conta com uma confortável banheira e secador de cabelo. Oferecem arranjo de flores tropicais e frutas como cortesia de boas-vindas. Apesar da voltagem padrão ser 220v, o navio oferece nas cabines algumas tomadas de 110v.





Antes da partida recebemos orientações de em qual grupo estaríamos durante o drill, que é o treinamento de emergências que todos os navios são obrigados a fazer. Às 17h nos encontramos no local marcado para o treinamento. Todos que estão a bordo são obrigados a participar. Foi muito rápido.

Todas as noites, ao retornarmos do jantar, a programação diária já estava na porta da nossa cabine.


O cruzeiro é no sistema all inclusive: todas as refeições, bebidas (incluindo bons vinhos, espumantes e cervejas), entretenimento diário a bordo e até mesmo as gorjetas estão incluídas no preço. O navio tem uma marina retrátil de onde se pode usufruir de stand up paddle, caiaques, prancha de windsurfe e equipamentos de snorkel (tudo cortesia).


O navio oferece room service 24 horas e um serviço 5 estrelas. Os funcionários são sempre muito atenciosos e solícitos, e tentam se lembrar do seu nome e suas preferências de comida, bebida e local que prefere fazer suas refeições.

A Paul Gauguin Cruises tem uma praia particular em Bora Bora e é proprietária do Motu Mahana, uma ilha particular em Taha’a onde os passageiros podem passar o dia com toda a infraestrutura montada, trazida do navio, para que tenhamos um excelente dia.

Praia em Bora Bora

Praia em Bora Bora

Praia em Bora Bora

Praia em Bora Bora

Motu Mahana

Motu Mahana

Motu Mahana

Motu Mahana

O navio possui 3 restaurantes a sua escolha para fazer as refeições.

L’Etoile (deck 5): o maior dos 3 restaurantes do navio, com uma cozinha contemporânea 5 estrelas, o restaurante, de serviço a la carte, não exige reserva e só abre para o jantar. Muito barulhento em dias que o navio está navegando.



La Veranda (deck 6): o La Veranda está aberto para café (buffet), almoço (buffet ou a la carte) e jantar (a la carte). No jantar, entretanto, deverá ser feita reserva. Tem uma parte aberta, onde se pode fazer as refeições, mas o vento incomodou no dia que resolvemos tomar café do lado de fora. No almoço, cada dia contempla a culinária de um país. Esse foi o restaurante que mais frequentamos com destaque especial para o maitre Alan e o garçom Jouben.




Le Grill (deck 8): aberto para café, almoço e jantar. Este último, sob reserva. Fica localizado bem próximo à piscina e o acesso em dias de chuva ficava um pouco complicado.




Se você tiver alguma restrição alimentar é só informar o departamento de reservas com antecedência de 8 semanas antes da partida.

O navio também conta com vários bares onde podemos desfrutar de bons petiscos e uma excelente qualidade e variedade de bebidas.

O bar da piscina era o nosso preferido, pois todos os finais de tarde, após os passeios ou durante boa parte dos dias de navegação, tínhamos um belo visual, sem contar a possibilidade de um bom mergulho na piscina.




Na área da piscina também desfrutamos de bons shows, algumas festas e deslumbrantes pores do sol.

Um dia inesquecível foi quando rolou a Welcome Aboard Party, a festa de boas-vindas à beira da piscina, guiada pela simpática Gael (diretora de Cruzeiro). Quem estava tocando era a Santa Rosa Band das Filipinas, com seus 5 integrantes, todos da mesma família.

Outro ponto alto foi o show do Akirata, grupo de dança folclórica de Rarotonga, acompanhado de um lindo arco-íris.




O Piano Bar, no deck 5, também foi um local muito frequentado durante nossa estadia no navio. Sempre que possível efetuávamos uma paradinha lá antes do jantar para umas doses de bebida sempre ao som do pianista Alex. Certo dia encontramos um dos principais artistas que iriam se apresentar no navio – o ilusionista brasileiro Gustavo Vierini dando uma palinha do seu show entre as mesas, fazendo alguns truques que nos deixaram boquiabertos.



Outro bar do navio é o Bar du Soleil, localizado no Sun Deck, o deck 9. Esse bar só abre em determinado horário do dia, sempre próximo ao fim da tarde.


O bar La Palette, no deck 8, é o mais versátil dos espaços do navio: além de bar, lá você pode tomar um café no estilo Continental (poucos itens), caso seja bem cedo pela manhã. É lá também que os Gauguins e Gauguines, jovens locais contratados pela empresa de cruzeiro) dão aulas, cursos e conversas sobre a cultura Polinésia. À noite o local pode se transformar em uma boate, em Karaokê e ou em uma noite dançante ao som da Banda Santa Rosa.






O navio também possui outras áreas interessantes, como o Deep Nature Spa (sauna, massagens, tratamentos de pele e salão de beleza com cabeleireiro e manicure), um Cassino, uma loja (La Boutique), uma academia bem equipada, um cybercafé, biblioteca e Dvdteca (abertas 24h).




Um dos espaços mais agradáveis do navio é o Le Grand Salon, no deck 5, onde todos os dias aconteciam palestras e, à noite, os diversos shows.

É no Grand Salon que acontece a festa de boas-vindas do Capitão. Depois de recepcionar os passageiros, o capitão fala sobre a viagem, o navio e apresenta toda sua equipe: chef de cozinha (francês), o maitre d´hotel (filipino), o supervisor da marina (francês), o gerente de concierge (romeno), a chefe a governança (húngara), a médica (romena), a guest relation manager (francesa), a financial officer (filipina), o gerente de hotel (peruano), o engenheiro chefe (croata), o segundo comandante (italiano) e a diretora de cruzeiro, Gael, da França.



Sempre na véspera de cada parada do navio, o romeno Sorin, que é o gerente de concierge (Travel Concierge Manager) dava uma palestra com todos os detalhes sobre a ilha onde iríamos aportar, bem como falava de cada passeio oferecido pelo cruzeiro. O que achamos interessante foi que eles não forçam a barra para você comprar os passeios que eles vendem. A palestra começa com uma rápida explanação sobre como é a ilha visitada, população, geografia, um pouco de história. Sempre com imagens exibidas em um telão. Depois ele sempre dá orientações para quem quer ir passear na ilha por conta própria e, por último, mostra os detalhes das excursões pagas, o que esperar, o que levar, etc. Como compramos todas as excursões ainda no Brasil, quando retornamos ao quarto, todos os nossos vouchers já estavam disponíveis. No voucher aparece o horário que temos que nos encontrar no Gran Salon para partir para o passeio.

Também assistimos a uma palestra com o chef de cozinha do navio, o francês Steffane Palluaud, onde ele ensinava a fazer o famoso poisson cru ('Ota 'ika), o ceviche polinésio com leite de coco.

Por falar no chef, fizemos ainda um passeio chamado Galley Tour, onde ele nos conduzia para conhecer a Galé, a cozinha do navio. Logo no início do tour recebemos taças de espumante para brindar. A cozinha do navio tem 28 funcionários, cada um com uma tarefa específica. Aprendemos que todo peixe servido no navio é fresco, comprado em cada porto onde o navio atraca. Os legumes, verduras e frutas também são todos adquiridos com os produtores locais. O espaço é dividido em áreas onde são feitos determinados tipos de refeição. A área da salada, área dos grelhados e por aí vai. Recomendam uso de sapatos que não escorreguem. O passeio foi rápido, mas bem interessante. Deve-se fazer sua inscrição com antecedência pois as vagas são limitadas. Vale muito a pena.



Às noites predominavam os shows de música polinésia, com os “Les Gauguins” e as “Le Gauguines”, além de um musical – a Noite de Talentos, onde os membros da tripulação fazem shows de música, dança e até mágica.

Outros dois grupos de dança polinésia também se apresentaram no navio – um de Moorea e outro da ilha do Tahiti.

Outros shows bem interessantes foram os shows do mentalista brasileiro Gustavo Vierini, da banda inglesa The Rolling Keys Duo e da Banda Santa Rosa.





Mas o ponto alto do cruzeiro foi a nossa penúltima noite onde artesãs de Moorea subiram a bordo e ficaram confeccionando Leis e Heis (colares e coroas Tahitianas). Elas estavam na frente dos restaurantes La Veranda e L’Etoile. Encerramos a noite com os demais brasileiros que conhecemos no navio, todos fantasiados com seus adereços.



Outras informações relevantes:

Crianças e animais a bordo:

Com exceção de algumas saídas no verão ou em feriados selecionados, o navio não oferece instalações child friendly. Crianças abaixo de 18 anos devem estar acompanhadas de um adulto (acima de 21 anos). As crianças abaixo de 12 anos devem estar acompanhadas o tempo integral por seus pais, enquanto estiverem no navio. O M/S Paul Gauguin não tem estrutura para aceitar crianças menores de 1 ano de idade. Também não aceitam animais a bordo.

Traje:

Para jantar a bordo, o navio sugere evitar shortes, camisetas, bermudas e chinelos. Recomendam vestido ou saia e blusa para as mulheres e calça e camisa social para os homens.

Lavanderia:

A lavagem de suas roupas é, obviamente, paga. O M/S Paul Gauguin oferece pacotes com valores que variam de acordo com o tempo do cruzeiro. Fizemos o pacote de 11 dias e achamos que valeu super a pena. Quando você fecha o pacote, não há limite de peças para enviar para lavagem. Esse pacote tem que ser reservado até 24 antes da partida do navio.

Notícias a bordo:

O navio oferece um clipping com as principais notícias do mundo, geralmente em inglês e francês. Após uns dias de viagem, começaram a fazer clippings em português também. Com éramos 11 brasileiros a bordo, achamos muito atencioso da parte deles. Era época das eleições 2018 e as coisas ferviam aqui no Brasil. Apesar de querermos mais é relaxar de notícias estressantes, foi bom saber o que estava acontecendo no país durante a fase de pré-eleição.


Wi-fi a bordo:

Existem pacotes de wi-fi descritos na página da companhia na Internet. Fechamos o pacote de 100 minutos, que nos atendeu satisfatoriamente.

Outra opção é adquirir o chip para visitantes. O pacote inclui 1 GB de dados, 30 minutos de ligações locais e 30 minutos para ligações internacionais e tem validade de 15 dias. Pode ser adquirido no aeroporto de Papeete e em determinados locais nas ilhas. Funciona perfeitamente nas ilhas, mas no navio somente quando ele está ancorado, não funcionando em alto mar.

Excursões em terra:

Um grande número de excursões que são oferecidas para quando o navio estiver atracado em cada ilha visitada podem ser compradas antes do início da viagem ou no próprio navio, porém todas tem um número máximo de participantes.

Nosso cruzeiro (Cook Islands& Society Islands - 11–night Cruise) teve o seguinte roteiro:

08 de setembro – embarque em Papeete. Saída do navio às 23:55.
09 de setembro – Huahine, Polinésia Francesa
10 de setembro – alto mar
11 de setembro – Aitutaki, Ilhas Cook
12 de setembro – Rarotonga, Ilhas Cook
13 de setembro – alto mar
14 e 15 de setembro – Bora Bora, Polinésia Francesa
16 de setembro – Taha’a, Polinésia Francesa
17 e 18 de setembro –Moorea, Polinésia Francesa
19 de setembro – desembarque em Papeete

Mas esses deslumbrantes locais e os passeios que fizemos serão detalhados no nosso próximo post. Até lá!



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