Argentina – El Calafate


Nossa primeira parada nessa jornada na Patagônia foi na cidade de El Calafate, província de Santa Cruz na Argentina e principal acesso ao Parque Nacional Los Glaciares, onde está localizada a famosa geleira Perito Moreno.  



Ficamos hospedados no bem localizado Hotel Posada Los Alamos. Quarto muito bom, bem espaçoso, antigo, mas remodelado. Sugerimos ficar hospedado em algum hotel perto da principal avenida da cidade, a El Libertador. Assim você consegue explorar toda a área a pé.

O hotel tem uma enorme área do outro lado da rua, onde estão localizados o restaurante do hotel – La Posta, o bar Humus e o spa. E, para completar, o hotel possui um belo campode golfe.

Todos os hóspedes têm direito a um drink cortesia servido no bar Humus. Pedimos nosso vinho tinto e aproveitamos para conhecer as instalações do bar, bem como o spa.
Muito legal o lugar. Bem aconchegante. Possui, ainda, brinquedoteca, sala de jogos, piscina e biblioteca.
O La Posta é considerado um dos melhores restaurantes de El Calafate. Então fomos jantar lá na nossa primeira noite na cidade. Achamos os preços salgados. Pedimos um capeletti de ricota com queijos e um bife de chorizo com batatas fritas. Os pratos são fartos e, no nosso caso, poderíamos perfeitamente compartilhar um deles. Para beber, meia garrafa de vinho Alambrado Malbec, 2016.
A cidade de El Calafate é bem pequena, com cerca de 22.000 habitantes. Destaque para a avenida principal, a Avenida del Libertador, onde você vai encontrar bancos, supermercados, agências de turismo, sorveterias, cafés, locadoras de carro, lojas de roupas de frio, lojas de souvenir e restaurantes. E muitos cachorros! É impressionante a quantidade de cachorros que tem na cidade andando pelas ruas. Muitos deles raça.

Na mesma Avenida del Libertador encontra-se o Wanaco. Já saímos do Brasil com a indicação desse bar. Fomos lá duas vezes! Experimentamos a uma sopa de abóbora e duas pizzas - uma de calabresa e outra de cordeiro. Para beber o bom chope artesanal da Esquel. Bom atendimento e boa comida.
Também na mesma avenida fica o famoso restaurante Casemiro Biguá, ainda mais caro que o restaurante do hotel. Pedimos um Cordeiro patagônico, prato típico da região (muito osso) e um risoto de cordeiro. Achamos o atendimento péssimo. O garçom colocou o vinho na mesa e não abriu a garrafa. Tivemos que pedir.
Mas a melhor comida que experimentamos na cidade foi no El Cucharon, localizado fora da avenida principal. Comemos empanadas de carne de entrada, um ojo de bife com salada e um lomo com batatas. Para beber um vinho tinto Escorihuela Gascón Gran Reserva Malbec 2016.


Mas o mais interessante em El Calafate são os passeios.

Em nosso primeiro dia fomos fazer o Minitrekking na geleira Perito Moreno com a empresa Hielo y Aventura que tem a autorização para operar no Parque Nacional Los Glaciares. O valor que pagamos pelo passeio não inclui o valor da entrada para o Parque, que custava 700 pesos por pessoa quando fomos.
Passam no hotel bem cedo e o trajeto até o Perito Moreno, que fica no Parque Nacional Los Glaciares, é de 75km e leva cerca de 1:30.

O Parque Nacional Los Glaciares, considerado Patrimônio Mundial da Unesco desde 1981, tem uma área de 726.927 hectares. Foi criado para preservar os glaciares, fauna e flora do local. Os Glaciares Perito Moreno (254km2), Upsala, Viedma (975km2 - maior da Argentina) e Spegazzini estão localizados no Parque. 

Antes de iniciarmos o Minitrekking, a empresa nos levou até a parte principal do parque para que ficássemos explorando as passarelas que ficam em frente ao Glaciar Perito Moreno. O Perito Moreno é um dos poucos que não sofre degelo. Ao contrário, de tempos em tempos, acontece o desprendimento da geleira, um fenômeno bem bonito de se ver.

Ficamos cerca de 1 hora nas passarelas e tiramos várias fotos daquele espetáculo da natureza.










Depois passamos na lanchonete do Parque e compramos um lanche para fazermos antes de começar o minitrekking.

Em seguida voltamos para o ônibus que nos levou até o porto “Bajo de las Sombras”, cerca de 7km das passarelas, de onde parte o barco que nos leva até um porto próximo a parede sul da geleira. A travessia dura cerca de 20 minutos pelo Lago Rica.







Após o desembarque, o grupo se separa em dois, dependendo do idioma do tour - espanhol e inglês. Em seguida fazemos uma parada de 30 minutos em uma cabana onde lanchamos antes de partirmos para o passeio.

Recomendações: levar lixo todo com você. Não tem lixeiras. O uso de filtro solar e óculos escuros é recomendável, mas o uso de luvas é obrigatório. Se você não levou as suas, eles têm pares para emprestar. Vá bem agasalhado e use sapatos de trekking impermeáveis. Quem não levar luvas, eles emprestam.

Passamos por escadas de madeira que nos levam até uma praia com areia escura, onde fazemos uma pequena parada para informações. Mais uma pequena caminhada e chegamos nas cabanas, que ficam na base da geleira, para que funcionários da empresa coloquem os grampões em nossos calçados. Desse local já podemos observar grupos que iniciaram o trekking mais cedo.










O passeio é maravilhoso! A dificuldade é moderada, com várias subidas e descidas, levando cerca de 1h 30min.






No final do trajeto fazemos um brinde com whisky servidos com gelo da geleira. Quem não for fã do destilado pode tomar água.



No dia seguinte fizemos o passeio de barco “Glaciares Gourmet” realizado pela empresa MarPatag.

Mais uma vez esperamos o ônibus em frente ao nosso hotel. O trajeto até o porto de onde saia o barco – “Puerto La Soledad” é bem menor do que até o Perito Moreno, onde fizemos o Minitrekking. 

Como já havíamos pago a entrada do Parque Los Glaciares no dia anterior, foi só mostrar o tíquete para que pagássemos 50% do valor - $350 p/p. Portanto, guarde seu ingresso.

O catamarã Maria Turquesa é uma embarcação muito confortável. Muito boa a embarcação. Existem duas categorias na embarcação – um salão premium com capacidade para 16 pessoas e outro clássico para 180 pessoas. O primeiro dá direito ao almoço com “Menú Degustação”, enquanto no salão clássico são servidos sanduíches.


Assim que o barco parte, um funcionário passa nas mesas perguntando se alguém tem alguma restrição alimentar e informam quais são as opções de sanduiches. O barco não estava cheio, mesmo assim não conseguimos lugar na janela. Mas também não fez diferença. Se tem boa visão de todo o barco. Existe um deck superior de onde se tem uma bela visão de toda a paisagem durante o passeio.



Logo no início do passeio passamos dos vários “tempanos” (icebergs), que são pedaços que se desprendem das geleiras. Ficamos uns 30 minutos por ali. O barco fica fazendo voltas no iceberg! Lindo!










O passeio continuou passando por belas paisagens - montanhas nevadas e o Glaciar Seco.


Minutos depois chegamos no Glaciar Spegazzini. Enquanto o pessoal se aglomerou na frente do barco para tirar fotografias, nós encontramos um lugar ao lado do barco. O barco dá voltas, contemplando todos os lados.






Perto de 12h fizemos uma parada em uma estância (Puesto de Las Vacas) para uma caminhada. Achamos um desperdício de tempo. Caminhamos um pouco enquanto o guia ia falando sobre a fauna e a flora do local. Às 12:50 saímos de lá.


Na volta, passamos mais uma vez por uma linda região com inúmeros icebergs.





Às 13:45 começaram a servir as bebidas. Depois vieram os sanduíches com vegetais de acompanhamento (batata inglesa rústica, batata doce rústica e cenoura) com molho de queijo. Depois serviram a sobremesa. Enquanto almoçávamos tínhamos uma vista do Glaciar Upsala de longe.


Para finalizar o passeio, o barco partiu pelo Canal de los Tempanos rumo a parede norte do Glaciar Perito Moreno, o que nos rendeu umas belas fotos.









No último dia na cidade resolvemos alugar um carro para conhecer alguns lugares por conta própria. Nossa primeira parada foi na entrada da cidade. Tiramos algumas fotos para, em seguida, ir até o Centro de Informações Turísticas.



Saímos de lá com destino até o Lago Roca, também nos limites do Parque Nacional los Glaciares, porém sem cobrança de ingresso. O lindo trajeto é de uma hora pegando estrada de chão.







Na volta fomos visitar o Glaciarium ($ 480 p/p). O local oferece uma enorme, através de painéis fotográficos e vídeos, uma variedade de informações sobre as geleiras da região e do Chile. Muito legal.
No subsolo do prédio está localizado o “GlacioBar Branca”, um bar de gelo que possui uma temperatura de -10º. O ingresso no bar de gelo é pago à parte, mas não tivemos tempo de conhecê-lo.


No próximo post comentaremos como foi conhecer a cidade de Puerto Natales, já na patagônia chilena e porta de entrada para conhecer o exuberante Parque Nacional de Torres del Paine. Até lá!









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