Chile – Puerto Natales

Deixamos El Calafate bem cedo e fomos de táxi para a rodoviária pegar o ônibus da Bus Sur que nos levaria para Puerto Natales às 8h.





Ao embarcar precisamos mostrar o passaporte com o carimbo de entrada na Argentina. Às 8h20min o ônibus partiu, sendo que além do motorista viaja um ajudante. A Bus Sur oferece um pequeno lanche que inclui um biscoito e um suco em caixinha. Todos os assentos possuírem uma entrada USB.

Como a viagem dura entre 5h e 6h, sugerimos que os viajantes levem um lanhe próprio, pois achamos o oferecido pela empresa bem fraco.  Só não se esqueça de comer tudo antes de chegar na fronteira com o Chile, pois lá não pode entrar com frutas nem produtos perecíveis.

Após passarmos rapidamente pela aduana argentina, logo depois chegamos na chilena onde todos têm que descer do ônibus com seus pertences para que eles passem no aparelho de raio X. Em seguida recebemos a autorização de permanência no país – Tarjeta Unica Migratoria -, emitida pela PDI, sigla da Policia de Investigaciones de Chile.

Chegando na rodoviária de Puerto Natales pegamos um táxi até o hotel Costaustralis, ressaltando que a corrida de táxi na cidade é tabelada – 1500 pesos chilenos na época.



O Costaustralis é um hotel moderno com cara de antigo e muito bem localizado, bem próximo ao mar e aos melhores restaurantes da cidade. O quarto é confortável, sem exageros, porém sem frigobar. O café da manhã é bom, com destaque para uma “media luna” (croissant) bem saborosa.




Apesar de nossa estadia na cidade ser em virtude de querer conhecer o fabuloso Parque Nacional Torres del Paine, decidimos incluir um dia a mais para conhecer a cidade.

Começamos a nossa caminhada pela manhã e fomos recebidos pelos famosos ventos congelantes da orla de Puerto Natales.

Nossa primeira parada foi justamente no monumento “Amores de Viento en Natales”, de Marcela Romagnoli, homenageando o característico vento da região. A escultura foi instalada em 2012 em comemoração aos 101 anos da cidade.




Continuamos caminhando pela orla, passando pelo Centro de Informações Turísticas e pelo famoso cais histórico “Muelle Gaffos” ou “Muelle Braun Blanchard” construído pela empresa Braun Blanchard que era um dos maiores grupos econômicos da cidade no início do século XX, que tinha várias fazendas na região. O objetivo do cais era embarcar os produtos dessas fazendas.

Porém em 1920 uma revolta dos trabalhadores da empresa que solicitavam melhores condições de trabalho terminou com incêndios às instalações da empresa, incluindo o cais. Atualmente só podemos ver os pilares do antigo cais que é o habitat preferido para as aves da região.






Caminhando mais um pouco chegamos no Monumento a La Mano, muito parecido com aquele de Punta del Leste.



Bem perto do Monumento a La Mano está o Monumento al Milodón, em homenagem a um antigo mamífero (uma preguiça gigante de 2,5 metros de altura) que habitou a região há 13.000 anos.




De lá partimos em direção a Plaza de Armas Arturo Pratt, a principal praça de Puerto Natales, localizada no Centro da cidade e datada dos anos 20.

Na praça destacam-se a sua fonte e a Locomotora Mc Lleland que era utilizada pela antiga ferrovia que servia a cidade.

A praça está cercada pela Paróquia Católica Maria Auxiliadora del Carmen e pelos prédios do Município e do Governo Federal.





No final da tarde fomos conhecer o “Natales a Pie”, que é um trabalho gratuito feito por que 3 estudantes que percorrem, a pé, os pontos turísticos da cidade. O nosso guia foi o Sebastian que fazia as explicações em inglês e espanhol. A atividade tem encontro marcado no Monumento a La Mano. A partir dali vamos andando pela cidade e conhecendo os pontos turísticos. Passamos pelos monumentos da orla e depois nos dirigimos para o centro.

O tour termina no cemitério de Puerto Natales chamado de cemitério velho e é uma excelente oportunidade para conhecermos um pouco da história da cidade, de seu povo e de sua colonização. Ao final os participantes podem deixar uma gorjeta, opcional, para o guia.

Para mais informações sobre dias e horários basta pesquisar em sua página no Facebook ou em seu perfil do Instagram.




Para comer indicamos o Bahía Mansa, que tem uma excelente comida e um ótimo atendimento. Comemos lá duas vezes. De entrada eles ofereceram ceviche e pão quentinho com manteiga de cortesia. Experimentamos um bacalhau (com cebola caramelizada, purê de batata com pimentão, páprica e bacon e pimentões vermelhos e amarelos grelhados), um filé bem saboroso e uma costeleta de cordeiro. Para acompanhar, um bom vinho chileno.



Se quiser uma boa pizza, indicamos o Mesita Grande. O nome vem do fato de as pessoas ficarem sentadas em uma única mesa. O atendimento é rápido e atencioso. Estava bem cheio, mas tinha espaço para nós na mesa. Pedimos uma pizza de cordeiro e uma salada de alface. Para beber um chope artesanal da cidade.



Outro local que gostamos foi o La Guanaca. Servem pizza, massas, saladas e chope artesanal. Pedimos uma pizza e uma salada com atum. Para acompanhar, alguns chopes artesanais.



O último lugar que comemos foi o Parrilla Don Jorge. Pedimos um salmão patagônico totalmente sem sabor e um bife de chorizo cheio de nervo. O que salvou foi a excelente cerveja Torres del Paine da Austral.



Se quiser experimentar um sorvete artesanal, vá até a Aluen Patagônia Gelateria Artesanal. Bons sorvetes, mas a maioria dos sabores são frutados.



Finalizando, no quesito compras notamos que a cidade, apesar de ser mais charmosa do que El Calafate, tem preços mais salgados do que aquela cidade argentina.

Uma loja que recomendamos é a La Tehuelche que tem várias coisas bem transadas.




No próximo post comentaremos como foi conhecer o Torres del Paine, um dos parques mais espetaculares do mundo. Até lá!


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